Atividade, sentimentos e percepções de mulheres diante do processo de envelhecimento

06/11/2019

Um dos fenômenos que têm chamado atenção na sociedade atual é o extraordinário crescimento da população acima dos 60 anos, tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos (Trindade et al, 2011). Tal fato está relacionado ao declínio nas taxas de fecundidade e de mortalidade (Cardoso et al, 2012).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que, nos próximos anos, a população idosa passará de 841 milhões para 2 bilhões até 2050, sendo que em 2020 a população idosa será superior à população de crianças de até cinco anos (Organização das Nações Unidas no Brasil, 2014). Quanto ao Brasil, este passará a ser o sexto país com o maior número de pessoas ido- sas no mundo. Segundo projeções, em 2050 a popula- ção idosa será 18% da população total brasileira (Insti- tuto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], 2004).

O envelhecimento tem sido referido como um fe- nômeno heterogêneo, dado atingir os indivíduos e as comunidades de modo desigual, mas que se faz acompa- nhar por alterações biopsicossociais. É um processo que vai conduzir ao estado de "velhice", o qual, igualmente, não apresenta sempre as mesmas características, mas ainda é visto com preconceito e temor (Schneider & Iri- garay, 2008; Bodner, 2009; Fechine & Trompieri, 2015).

Atualmente, a velhice ainda é percebida como um período que antecede o final da vida, quando o idoso passa a ter sentimentos de luto e vazio em relação ao futuro. Ocorrem também declínios neurológicos, físicos e psíquicos com mais frequência e intensidade se comparados às outras fases da vida. Essas altera- ções repercutem sobre as atividades básicas e instru- mentais da vida diária do idoso, o que pode torná-lo dependente de outras pessoas. (Araújo, Amaral & Sá, 2014; Barletta, 2014; Dias, Paúl & Watanabe, 2014).

Apesar da predisposição a desenvolver doenças, o envelhecimento não precisa ser considerado sinônimo de adoecimento e perda, especialmente quando o idoso desenvolve hábitos de vida saudáveis (Stella, Gobbi, Co- razza & Costa, 2002; Trindade et al, 2011). Para tanto, faz-se necessário que o indivíduo estabeleça um compromisso de "autocuidado" e também que as leis que tutelam o idoso sejam efetivas, a fim de promover saúde a esta população, priorizando a disponibilização de recursos que possam garantir lazer, alimentação, educação e outros cuidados imprescindíveis a esta fase da vida. (Vilela, Carvalho & Araújo, 2006; Barletta, 2014).

Para consultar o artigo na íntegra, acesse o link:

https://pepsic.bvsalud.org/pdf/bapp/v39n96/v39n96a04.pdf